Um estudo inédito da Futura Inteligência mostrou pela primeira vez o impacto econômico direto e indireto gerado pelas cooperativas na economia capixaba. Esse modelo de negócio está presente principalmente nos setores de agropecuária (Cooabriel, Nater Coop), crédito (Sicoob, Sicredi) e saúde (Sistema Unimed) e contava com 115 organizações e 747 mil cooperados no Espírito Santo em 2022. A Futura calculou que os impactos diretos (R$ 7,8 bilhões) e indiretos (R$ 13,8 bilhões) do cooperativismo somaram R$ 21,6 bilhões e que o modelo de negócio teve uma participação total no PIB de 9,25%, ou R$ 16,2 bilhões.
A Futura calculou os multiplicadores econômicos do cooperativismo no Espírito Santo. Na prática, esses números indicam qual impacto que essas cooperativas geram na economia a cada R$ 1,00 que elas gastam ou emprego que elas geram. Metaforicamente, seria fazer o exercício de projetar quais impactos seriam gerados em toda a economia se essas organizações deixassem de existir.
“As cooperativas não respondem apenas por aquilo que produzem, mas também todas as cadeias que elas acionam. Uma cooperativa que contrata um serviço, por exemplo, está gerando mais empregos e adicionando valor a outros fornecedores e assim sucessivamente”, explica Orlando Caliman, diretor econômico da Futura.
O estudo aponta que a cada R$ 1 gasto pelas cooperativas em suas atividades, existe um impacto no PIB capixaba de R$ 1,29 é e um impacto na produção de outros setores de R$ 1,89. Ainda, a cada uma vaga de emprego gerada pelas cooperativas, 1,65 emprego é gerado nas atividades conectadas.
Em termos monetários, o PIB do cooperativismo capixaba em 2022 foi de R$ 7,1 bilhões e o impacto no PIB de outros setores foi de R$ 9,2 bilhões, gerando uma participação direta e indireta de R$ 16,2 bilhões (9,25% do PIB total).
Já o valor da produção das cooperativas foi de R$ 7,8 bilhões (direto) e R$ 13,8 bilhões (indireto), somando impacto total de R$ 21,6 bilhões.
O impacto na massa salarial e os empregos gerados, direto e indireto, foi de R$ 397 milhões e 19 mil vagas.
“O estudo nos causou uma impressão mais positiva do que já tínhamos do nosso modelo societário na economia do Espírito Santo. Pelas informações que temos com relação aos dados do fechamento de 2023, estamos com a percepção de que nosso movimento está em ascensão e se tornando cada vez mais sólido”, analisa Carlos André Santos Oliveira, o Carlão, diretor-executivo do Sistema OCB/ES.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória
